Dálmata



Temperamento

O Dálmata é normalmente bastante alegre, sempre pronto para brincadeiras e longas caminhadas.

Muitas vezes comprados por impulso, devido à sua popularidade e aspecto único, os donos não se informam sobre o tipo de cão que estão a adquirir. O Dálmata tem uma alta necessidade de exercício e pode desenvolver distúrbios comportamentais se não for exercitado convenientemente. Necessita de um treino firme e consistente, que aposte no reforço positivo. Os Dálmatas maltratados são conhecidos por manterem essas memórias e não ultrapassarem os traumas até ao fim das vidas. Os Dálmatas são animais inteligentes, característica responsável por alguma teimosia.

De temperamento bastante dócil, os Dálmatas podem ser bastante desajeitados com crianças mais novas, visto de gostarem de brincadeiras enérgicas e exuberantes. O Dálmata é receptivo a outros cães, mas por vezes podem surgir atritos sobretudo entre dois machos. Sensíveis e leais, os Dálmatas são bons cães de alerta.

Devido ao espírito vivo e enérgico do Dálmata, este não é um cão ideal para apartamento. Nestes casos, o Dálmata deve ser levado a dar um longo passeio várias vezes ao dia. Bastante enérgicos no interior, a raça dá-se melhor com um quintal ou pátio de tamanho médio, o que não dispensa os passeios com o dono. Este cão não é de exterior e deve ter abrigo para os dias frios e sombra para os dias quentes.

Exercício

Criados para acompanhar cavalos, os Dálmatas são cães velozes e resistentes. A um ritmo moderado conseguem correr um dia inteiro. Por isso, o Dálmata é bastante exigente no que diz respeito ao nível de exercício diário.

Em pequeno, o exercício deve ser menor e deve ser composto sobretudo por passeios. Os cães pequenos não devem subir ou descer escadas, saltar ou permanecer em superfícies escorregadias. Em adulto, os instintos de caça despertam, fazendo com que se distraia facilmente com cheiros e trilhos e que se perca se o dono não o tiver com trela.

Aparência Geral

O Dálmata é um cão inconfundível. De porte médio, os machos têm entre 56 e 61 cm e pesam entre 27 e 32 kg. As fêmeas são mais baixas e ficam-se pelos 54 a 59 cm, pensando menos, 24 a 29 kg.

O Dálmata possui uma cabeça de comprimento médio e um focinho vigoroso. O stop é marcado. O nariz tem a cor em harmonia com a da pelagem, podendo ser preto ou castanho, conforme a cor das pintas. Os olhos são pretos ou castanhos, redondos, com um rebordo preto ou castanho de acordo com a cor das pintas, de expressão viva e inteligente. As orelhas têm inserção alta na cabeça, arredondadas na ponta e são mantidas junto à cabeça. Os membros anteriores são verticais e os posteriores arredondados. Tem  pés de "gato", redondos e arqueados. A cauda é comprida, devendo atingir os jarretes, e é trazida levantada com uma ligeira curva. Deve ser de preferência pintalgada também.

A pelagem é curta, lisa e grossa e deve ser densa e brilhante. A cor do fundo é sempre branca e as manchas são pretas ou fígado. As pintas devem ser redondas e com 2 a 3 cm de diâmetro. As pintas na cabeça, causa e extremidades são mais pequenas do que as encontradas no resto do corpo. Os exemplares menos manchados são os mais apreciados, sendo considerado defeito quando duas manchas se juntam (excepto nas orelhas).

Saúde

O Dálmata é um cão saudável, sendo o calcanhar de Aquiles da raça, a alta incidência de surdez. Geneticamente, os cães de pelagem branca estão mais predispostos a tornarem-se surdos. O risco aumenta conforme a extensão de branco. Por vezes a surdez dos cães pode ser mascarada se se manifestar em apenas um ouvido. Contudo existe um teste específico para detectar estas situações e os criadores devem fazê-lo em todos os cães que planeiem reproduzir.

Os Dálmatas são também propensos a desenvolver doenças do trato urinário, por isso não devem permanecer fechados durante muito tempo em sítios onde não lhes é permitido fazer as suas necessidades, sob pena de se contribuir para o surgimento/agravamento do problema.

Outras doenças às quais os donos devem estar atentos são alergias, displasia da anca e problemas relacionados com a tiróide.

O Dálmata não vive confortável em temperaturas baixas e não deve ser deixado a viver no exterior, pelo menos durante as noites mais frias.

Higiene

 O Dálmata é um cão limpo com um odor pouco intenso, o chamado “cheiro a cão” é imperceptível. Só deve tomar banho quando necessário.

O pêlo curto não exige muitos cuidados e escovagens semanais são suficientes. O Dálmata larga bastante pêlo, sobretudo na época da muda, duas vezes por ano.

Surdez no Dálmata

Existe uma percentagem considerável de Dálmatas surdos. Estudos indicam que 10 a 12% dos Dálmatas são afectados por esta doença.

Apesar de os criadores estarem a tentar combater esta deficiência, os números devem ser suficientes para alertar os futuros donos de Dálmatas. Se pensa comprar um animal desta raça peça aos criadores atestados médicos em como os cães reprodutores ouvem dos dois ouvidos. Muitas vezes a doença passa despercebida, pois os cães podem ser surdos de apenas um ouvido.

Isto não quer dizer que um Dálmata surdo não seja um bom animal de companhia. Os Dálmatas com esta deficiência não devem conviver com crianças, mas de resto são capazes de ter uma vida com qualidade e feliz. Apesar de os Dálmatas serem dóceis com os mais pequenos, as crianças têm alguma dificuldade em entender porque os cães não respondem quando chamados e podem ser brutas ao tentar captar a atenção do animal.