Adestramento



Adestramento

Dicas de Adestramento

Erros mais comuns
 
1.    Não use a palavra "não" a toda hora
2.    Evite dar ?bronca? nos momentos em que o cão tiver dificuldades em relacioná-la ao comportamento errado que se quer coibir. Sem a certeza do motivo, o cão irá apenas se acostumar à ?bronca?.
3.    Muitas vezes, ao fazer algo errado, o cão está apenas querendo chamar a atenção. Cair nessa ?armadilha? (por exemplo, correr atrás do animal para retirar um retirar um objeto de sua boca) reforçará esse comportamento.
4.    Usar violência física como punição é um erro grave que levará o cão a desenvolver distúrbios comportamentais, como medo excessivo e/ou agressividade. Além disso, depois de estabelecida essa prática, tornam-se remotas as possibilidades de reversões futuras no quadro comportamental.
5.    Se, no entanto, a punição for inevitável, é imprescindível escolher o momento exato em que deve ocorrer. A melhor ocasião será durante a ?intenção?, antes de o comportamento errado acontecer; ou ainda quando o comportamento errado está acontecendo, sendo ideal torná-lo desagradável ou sem graça. Depois de o comportamento errado ter terminado, a punição fica sem sentido. A melhor estratégia será então tentar provocar a mesma situação novamente para, aí sim, aplicar a punição.
 
Integre o adestramento no dia-a-dia

É importante integrar os comandos no convívio com o seu cão e exercitá-los ao longo do dia. Por exemplo, sempre que você for fazer carinho, peça para ele sentar, deitar, dar a pata etc. Se você reservar apenas 20 minutos do dia para praticar o adestramento, seu cão pode aprender a obedecer somente durante esse tempo.
Elogie seu cão
Pense no petisco como algo além de um alimento. Assim como o brinquedo, a comida ou o passeio, o petisco é um prêmio por ele ter sido obediente. Elogie o cão ao dar o petisco e ao ato dele comer. Com o tempo ele saberá que receber o petisco marca uma aprovação de seus donos e assim a recompensa terá um valor cada vez maior.
Mantenha recompensas em locais estratégicos
Petiscos e brinquedos devem estar sempre por perto, espalhados pela casa. Se você deixar essas recompensas apenas na área de serviço, por exemplo, o cão pode responder super bem nesse local e ignorar os comandos no restante da casa.
Mostre que você é o líder
Pode parecer estranho, mas o cão nos considera membro de sua matilha. Por isso, para ganhar respeito e confiança dele é fundamental que você assuma a liderança.

Algumas dicas:
 
1.    Procure andar sempre à frente do seu cachorro. Se você perceber que ele se adianta, mude de direção até que ele perceba que deve prestar atenção em você
2.    Seja sempre o primeiro a entrar em casa ou passar por portas e portões
3.    Se ele pedir algo (como comida, petisco, passeio) sempre peça para ele executar algum comando antes. Assim ficará claro que é ele que está obedecendo, e não você
4.    Não seja violento com ele. Os cães costumam imitar os seus líderes, portanto ele pode passar a usar a violência com você quando quiser reafirmar sua posição

Adestramento Inteligente

O que é?
Adestramento Inteligente é baseado no reforço positivo, que permite que cães, gatos e outros animais aprendam por estímulos positivos e recompensas, valorizando as atitudes corretas e não as erradas. O animal assimila o aprendizado mais rápido, demonstra mais interesse em aprender e o proprietário se diverte ensinando. Com o objetivo de melhorar a relação entre o dono e seu bicho de estimação, o Adestramento Inteligente é uma filosofia que respeita o animal e o ser humano.

As vantagens para o cão
Com o Adestramento Inteligente, o animal assimila o aprendizado mais rápido. Além disso, ele tem prazer em obedecer. O Adestramento Inteligente pode ser aplicado em cães já a partir de 50 dias de vida. E não tem limite de idade. Se você tem um cachorro velhinho, ele também pode aprender.

As vantagens para o dono
Por ser um método baseado na valorização do animal, no incentivo das atitudes corretas e no não uso da violência, o Adestramento Inteligente traz boas conseqüências para o ser humano também. Ao por em prática essa filosofia, o proprietário tem seu comportamento modificado, já que ele deixa de lado o uso da agressividade e do medo na forma de se relacionar com seu cão.
 
O método é constantemente atualizado
O Adestramento Inteligente é um método dinâmico. A partir de pesquisas e estudos, as melhores técnicas de treinamento animal estão sempre sendo inseridas no ensino. Um exemplo disso é o uso de som (o chamado click) no treinamento para indicar ao animal que ele executou determinado comando da maneira correta. Outra ferramenta que permite o adestramento de uma maneira divertida e positiva é o target (que significa alvo em inglês). Funciona assim: o animal tem de encostar o focinho em um alvo (que pode ser um objeto ou a própria mão do adestrador ou do dono) e segui-lo quando for movimentado. O target também pode ser colocado longe para fazer o cão ir até ele.

As recompensas são fundamentais
Por ser um método que valoriza o cão e seus acertos, as recompensas são parte fundamental do processo e devem ser usadas sempre. Elas são a melhor forma de você mostrar ao animal de maneira agradável quais são os comportamentos certos. Na seção Dicas você encontra mais informações sobre o uso desses prêmios.
 
Adestramento pode ser aplicado em vários animais
Inicialmente desenvolvido para cães, o Adestramento Inteligente também pode ser aplicado em outros animais, como gato, papagaio, peixe etc. É possível ensinar gatos a obedecer a comandos, papagaios a fazer truques e não bicar pessoas, e o peixe a fazer pequenos malabarismos, por exemplo.

Reforço negativo opõe-se às técnicas de adestramento da Cão Cidadão
Técnica de adestramento baseada na alternância entre as sensações de desconforto e alívio, proporcionadas ao animal. O treinador, utilizando um enforcador, provoca no cão um desconforto que só termina quando ele realizar a tarefa pretendida. Ainda muito utilizado no Brasil, o "reforço negativo" é uma técnica questionável por acarretar inúmeras desvantagens no relacionamento entres animais e donos, como por exemplo:
?    Por ser maltratado, o animal pode desenvolver uma personalidade agressiva
?    O animal passa a não gostar do que aprendeu, realizando o truque aprendido menos vezes.
?    A presença do dono/treinador fica associada às coisas desagradáveis que ele representa, prejudicando a relação de carinho entre o dono e animal.
?    O dono/treinador torna-se especialista em descobrir coisas que o animal não gosta, ao invés de descobrir e estimular as suas motivações.

Necessidades no lugar certo

Revista Cães e Cia, n. 329, outubro de 2006
Todos desejamos ter cães que só façam as necessidades no banheirinho deles. Neste artigo procuro ensinar a maneira mais rápida e eficiente de obter sucesso na formação desse hábito de higiene.

Quando ensinar
O filhote costuma fazer as necessidades assim que sente vontade. Nosso trabalho inicial é identificar quando isso acontece. Normalmente, o cão urina e defeca ao acordar ou ao ser acordado, antes de descansar e logo depois de comer. Entre em ação nesses momentos ou quando ele der sinais de querer se aliviar (começa a farejar, a se afastar e rodopiar ou a abrir levemente as patas). Leve-o ao banheirinho, no colo. Enquanto ele estiver nos seus braços evitará fazer necessidades, atitude semelhante à que adota quando está na caminha ou na toquinha dele (caixa de transporte ou casinha).

Ponha o filhote no banheiro e, para mantê-lo lá, fique por perto. Assim que ele tiver se aliviado, elogie-o e recompense-o com petisco. Quando o filhote tiver associado o prêmio com fazer as necessidades, começará até a forçar para fazer xixi e ganhar recompensa. Quanto mais necessidades ele fizer em local desejado, menor o risco de fazê-las em local impróprio. Nas primeiras vezes, não mostre o petisco antes de o filhote se aliviar, para não desconcentrá-lo.
Se, passados uns dois minutos, o filhote não tiver dado mostras de querer se aliviar, leve-o para onde estava ou para outro local que não seja o do banheirinho. Depois de algum tempo, ou quando o cão sinalizar, leve-o de volta para o lugar de fazer as necessidades.
Nunca prenda o filhote sozinho no cômodo do banheirinho. Se ele começar a temer o local, evitará visitá-lo.

Na falta de supervisão a intenção é que o filhote faça as necessidades onde desejamos, mesmo sem ser supervisionado. Se ele ficar sem supervisão por diversas horas, deve ter acesso à água, aos brinquedos e à caminha, bem como ao lugar para se aliviar. Esse último deverá estar no lado oposto da comida, água e casinha ou em outro ambiente.
Forre o banheirinho com algo que absorva o xixi, como folhas de jornal ou um tapete higiênico. Em volta do banheiro não deve haver tapete nem carpete, acessórios que só podem estar em embaixo da caminha do filhote.
 Para evitar que a caminha se torne banheiro, procure deixá-la o mais confortável possível. Amarre os brinquedos perto dela ou em cima, para serem roídos lá e não sobre o jornal. Prefira os brinquedos com furos e insira neles pedaços de petisco ou de ração. Quanto mais o filhote se entretiver na caminha ou na toca, menores as chances de ele adotar o jornal como caminha ou de desenvolver o hábito de picar o jornal ou o tapete higiênico.

Se o filhote ficar sem supervisão por um breve período, poderá ser deixado na toca dele (caixa de transporte ou casinha com porta). Por não gostar de se aliviar onde está abrigado, ele segurará as necessidades enquanto conseguir. Isso dará chance a você de, ao voltar, levá-lo ao local adequado e de elogiá-lo, caso ele faça a coisa certa. Atenção: não associe a toca com broncas. Ao contrário, mostre como é legal estar nela. Sempre que o cão entrar na toca, dê petiscos e atenção a ele.

Se fizer no lugar errado
O treinamento inicial precisa ser focado em elogios e petiscos. Não em broncas. O filhote costuma interpretá-las de modo equivocado. Mesmo quando a bronca é dada corretamente no ato da ação indesejada, ele pode entender que o motivo foi ter feito necessidades em local visível ou perto de pessoas, por exemplo.
Se isso acontecer, ele não irá mais ao lugar certo e nós perderemos a chance de recompensá-lo pelos acertos. A conseqüência é o treino ficar muito mais difícil.
Por isso, só comece a dar broncas quando não tiver dúvidas de que o cão entendeu o que espera dele. Ou seja, quando ele se aliviar freqüentemente no local correto e, ao terminar, correr na sua direção para receber petiscos e elogios.
O objetivo das broncas é criar desconforto para o cão quando ele faz necessidades em local errado. O mesmo resultado pode ser obtido com um barulho alto, que cause um pequeno susto.
Pode-se também dar bronca quando o filhote se prepara, em local impróprio, para fazer necessidades. Se ele segurar o xixi, leve-o para o banheirinho e aguarde alguns minutos. Há uma boa chance de ele se aliviar lá.
No próximo artigo darei dicas de como tornar o banheirinho ainda mais atraente para o cão.

Motivando o cão a aprender a obedecer ? Parte 1
Revista Cães & Cia, n. 330, novembro de 2006

É muito mais prazeroso ensinar um aluno motivado. Ele nos olha com atenção, procura fazer a parte dele da maneira correta e não desanima nem desiste facilmente. Também é gostoso ver alguém desenvolver uma atividade com perfeição e prazer. Por causa da enorme contribuição da motivação para o aprendizado e para a sua retenção, existem diversas técnicas para empresários, pais e professores motivarem seus funcionários, filhos ou alunos, por exemplo. Mas, até onde eu sei, não há nada específico sobre como motivar cães a gostar de aprender e a sentir prazer em ser obedientes. Neste artigo, procuro transmitir os conhecimentos mais importantes que acumulei a partir de muitos erros e acertos e de bastante estudo sobre o comportamento animal.

Repetir o que é bom, evitar o que é ruim
Partiremos do princípio de que o cão procura fazer o que lhe traz prazer e evitar o que é incômodo para ele. Assim, quando ele obedece, é porque quer ganhar algo que deseja, como atenção, carinho e petiscos, ou porque quer evitar o desconforto de uma repreensão, por exemplo. Sempre há um interesse envolvido, e isso é normal e natural! Sem a expectativa da troca, seja para ganhar algo gostoso, seja para evitar algo ruim, o cão não se sentirá motivado a obedecer. Ele pode, portanto, obedecer ao comando ?senta? para ganhar carinho, petisco ou para evitar o desconforto de ter alguém pressionando a traseira dele ou apertando seu pescoço com a guia.          

Prazer ou desconforto
Quando causamos uma sensação desagradável no cão, para forçá-lo a nos obedecer, associamos um sentimento de desconforto a tudo o que ele está percebendo. Com isso, o cão pode deixar de gostar do local onde é adestrado, da coleira que usa e até da pessoa que o adestra. Mesmo que o forçamento seja funcional, para motivar o cão a obedecer, não o é para ensiná-lo a gostar de aprender, gostar de quem o treina e do local onde isso acontece. Por que, então, alguns cães ensinados com reforços negativos amam tanto seus treinadores? Porque os associam também com sair para passear, receber atenção e carinho. Mas esses cães ficariam mais motivados a aprender e sentiriam mais prazer em obedecer ao adestrador se ele usasse técnicas mais positivas.
 
Evite frustrações
Um dos maiores inimigos da motivação é a frustração. Seja do cão, seja do treinador, o qual, ao ficar frustrado, pode contribuir para a desmotivação do animal. Geralmente, a frustração ocorre quando o cão não consegue fazer o que desejamos. Em geral, porque foi submetido a um treino mais difícil do que seria necessário. Por exemplo, para executar o comando ?deita?, é preciso que o cão faça uma seqüência de posições intermediárias. Se, ao começar a treinar esse comando, ele já tiver de fazer a seqüência completa de movimentos, é mais provável que desista antes de terminar. E sairá frustrado por não ter conseguido abocanhar o petisco que viu na mão do treinador. Ele se lembrará disso e, no próximo treino, estará menos motivado a fazer aquele exercício.
Estabeleça metas fáceis de serem atingidas e recompense o cão sempre que ele as alcançar. No caso do comando ?deita?, por exemplo, dê petisco a cada movimento que o cão fizer. Dessa maneira, o objetivo final será atingido com maior rapidez e com muito menos frustrações.   
 
Pagamento justo
Cães também têm seu preço! A recompensa pela execução de comandos que requerem maior esforço para serem atendidos deve ser maior do que a normal. Assim, o cão estará motivado a obedecer a qualquer comando em qualquer situação. Caso contrário, ele irá avaliar a situação e decidir se obedecerá ou não.

O preço pode variar de acordo com a situação. Por exemplo, vale muito mais o cão atender ao ?vem? quando chamado num parque cheio de cheiros e de cachorros para brincar, do que quando chamado dentro de casa, sem a concorrência de outro estímulo. Também vale mais o atendimento a comandos dos quais o cão gosta menos. É o caso do ?deita? e do ?morto?, quando comparados com o ?senta? e o ?dá a pata?.

O cão que avalia constantemente se deve ou não obedecer perde a motivação e responde aos comandos com mais lentidão e menor interesse. Por isso, procure recompensá-lo de modo que ele se sinta cada vez mais interessado em obedecer. No próximo artigo, darei mais dicas de como motivar o cão a obedecer e a se comportar.

Como motivar o cão a aprender e a obedecer ? Parte 2
Revista Cães e Cia, n. 331, dezembro de 2006

Alexandre Rossi, em continuação ao artigo da edição passada, apresenta mais técnicas muito úteis e pouco conhecidas para fazer o seu cão sentir prazer em aprender e obedecer

Voz aguda, cão mais feliz
Está comprovado cientificamente que as vozes mais agudas são as que surtem o melhor resultado quando se elogia um cão. Portanto, machões, deixem de frescura e comecem a dizer as palavras de estímulo aos seus cães da maneira que eles mais gostam! A dica é experimentar falar com eles de diversos modos, para ver com qual parecem mais felizes e animados.

Postura importa
Abaixar-se ao festejar o cão também o torna mais alegre. Principalmente se ele puder lamber o nosso rosto! Quando está feliz, o cão normalmente gosta de ficar perto da cara do seu parceiro humano. Por isso, muitos condutores o premiam, no agility (esporte canino), deixando-o pular no colo e, muitas vezes, permitem lambidas no rosto. É preciso, porém, evitar esse tipo de intimidade com os cães agressivos, pois podem atacar mesmo ao receber carinhos e elogios.

Não recompensar a desobediência
 Muitas vezes premiamos o cão justamente quando ele escolhe não atender ao nosso comando. Parece óbvio, mas, se ele não obedecer, vale estarmos atentos para não lhe dar biscoito, brinquedo ou seja lá o que ele quiser.
Outro caso muito comum é a pessoa oferecer petisco ou recompensa para conseguir algo do cão que está desobedecendo, como ao querer tirá-lo de casa quando se recusa a sair. Quem usa essa estratégia, em pouco tempo, terá um cão que preferirá obedecer só quando alguém oferecer algo bem interessante para ele.

Não punir a obediência
É preciso associar a obediência a coisas e situações prazerosas e não a punições. Voltar de um passeio, tomar banho, ter que engolir remédio são punições para a maioria dos cães. Portanto, o cão que brinca no parque e atende ao chamado do dono, se for preso na guia logo em seguida e levado para casa, se sentirá punido. E não terá a menor motivação para obedecer novamente.
Como agir, então, para dar remédio ao cão ou para levá-lo embora depois de um passeio no parque? Pode-se chamá-lo diversas vezes e recompensá-lo, cada vez que vier, com algo que adore, como um brinquedo, carinho ou petisco. Só depois disso, prende-se o cão na guia. A brincadeira continua por um pouco mais de tempo, antes de ele ser levado para casa ou para onde lhe será dado o remédio. Dessa maneira, a frustração de ir embora ou de tomar remédio se diluirá nas diversas vezes em que o cão for recompensado. Haverá, também, maior distância temporal entre a obediência e a ?punição?.

Nem sempre recompensar
 Devemos mostrar ao cão que nem sempre ele será recompensado, mas que não lhe faltarão chances para ganhar algo que o agrade. Isso é importante, pois evita que desista de obedecer. É como quando o carro de uma pessoa pega sempre na primeira tentativa enquanto o de outra só pega às vezes. Ao falhar a partida, a segunda pessoa tentará acionar a ignição por muito mais tempo, por acreditar que a qualquer momento o motor voltará a funcionar, enquanto a outra estranhará a situação e desistirá muito mais rapidamente.
Só convém começar a recompensar alternadamente o cão quando ele estiver razoavelmente adestrado. Caso contrário, poderá ficar confuso e desanimar.

Recompensas em qualquer momento e lugar
É comum ouvir a reclamação de que o cão só obedece na área onde estão guardados os seus biscoitos ou quando há algo do interesse dele na mão da pessoa que dá ordem. O truque é você fazê-lo acreditar que poderá ser recompensado em qualquer lugar e a qualquer momento, mesmo quando não houver nada nas suas mãos. Para conseguir isso, deixe petiscos em diversos pontos da casa e esconda alguns deles no bolso. Use-os para surpreender o cão em momentos nos quais ele não espera ganhar recompensa. Em questão de dias, no máximo, o seu aluno estará obedecendo em qualquer ambiente.

Não parecer disputa de poder
Um cão dominante pode recusar obediência até mesmo quando o prato dele, cheio de comida, estiver nas mãos do dono. Se isso acontecer, não deverá ser forçado a obedecer e nem deverá levar bronca. A pessoa simplesmente irá embora, sem demonstrar chateação nem irritação, depois de ter deixado o prato em cima de um lugar fora do alcance do cão. Uma nova chance será dada depois de algum tempo, que pode ser de até poucos minutos. Assim, ele associará a obediência com a oportunidade de obter o que deseja, em vez de associá-la com perda de poder.

O que pode tornar o seu cão agressivo
Revista Cães & Cia, n. 337, junho de 2007
O seu cão, por mais bem tratado que seja, pode ficar agressivo. Conheça as possíveis causas disso e controle melhor a situação

Muitas pessoas têm idéia errada sobre a agressividade canina. Acreditam que determinadas raças nunca se tornam agressivas. Ou que o cão tratado só com amor e carinho jamais morderá ou será agressivo.
Neste artigo explico como surge um comportamento agressivo, de quais tipos pode ser e por que se desenvolve. No próximo, veremos as maneiras mais eficientes de controlar esses comportamentos e evitá-los.

Raça e linhagem
Quando me pedem um comentário sobre ataques de cães, a primeira pergunta que ouço é sempre se a culpa é da raça ou da maneira como o cão foi criado. Na verdade, a resposta não é simples - um ataque pode ser determinado por vários fatores.
Para começar, não há raça canina sem indivíduos agressivos. Muitas pessoas se surpreendem quando se deparam com um Golden Retriever ou um Labrador agressivo. No imaginário delas, essas possibilidades não existem! Mas elas existem. E não são tão raras assim, como bem sabe quem trabalha com comportamento canino.
Isso não quer dizer que uma raça não seja, em média, mais agressiva ou dócil que outra. Por exemplo, Rottweilers são mais agressivos que Beagles, em média, mas há muitos Rottweilers mais dóceis do que muitos Beagles.
Outro fato são as diferentes linhagens de uma mesma raça, cujos exemplares podem ser mais mansos ou mais agressivos do que a média. Por isso, às vezes, ao querer prever o comportamento futuro do filhote, é mais importante conhecer o comportamento típico da sua linhagem do que da sua raça.

Influência da criação
O modo como lidamos com o cão influencia muito o comportamento dele. A boa educação pode controlar a tendência a uma agressividade maior e a má educação pode tornar perigoso um cão pouco agressivo. Mas é muito mais fácil e garantido educar para ser manso e confiável um cão que tem tendência a ser dócil.
Amor e carinho não bastam
Quando atendo consultas de comportamento, muitas vezes ouço gente desabafar que sempre fez tudo que o cão queria, sem nunca lhe faltar amor nem carinho, e que não entende por que agora ele ataca as pessoas da casa. Mas, para controlar a agressividade dos nossos cães e evitar acidentes, muitas vezes graves, devemos estar cientes de que a educação correta envolve muito mais do que amor e carinho.

De onde vem a agressividade
Para a maioria das espécies, a agressividade é fundamental. Fazem, por meio dela, a defesa do território, de seus parceiros sexuais, dos filhotes, da comida e até da posição hierárquica. Na grande maioria dos bichos, o comportamento agressivo é inato, pelo menos em parte, e pode aflorar somente em algumas situações ou fases da vida. É o caso dos cães machos que, na puberdade, começam a brigar com outros cães machos. E dos filhotes que se tornam agressivos ao disputarem uma teta da mãe ou ao tentarem garantir que o sono não seja perturbado pelos irmãozinhos.

Vários tipos de agressividade
Podemos dividir o comportamento agressivo em classes, para melhor entendê-lo e controlá-lo. Independentemente dos critérios adotados, mais complexos ou mais simples, em geral as classificações se assemelham.
Agressividade territorial
Normalmente, um cão fica mais agressivo no território dele, para defendê-lo. Muitos cães aceitam um outro cão quando estão em espaço neutro, mas passam a atacá-lo se ele entrar no território deles ou ameaçar entrar.

Agressividade possessiva
Manifesta-se quando alguém se aproxima de um objeto, de um animal ou de uma pessoa de quem o cão tem ?ciúmes?. Ocorre, por exemplo, quando ele está com algo que considera valioso, como um osso com pedaços de carne. Acontece também quando uma visita abraça ou cumprimenta o dono do cão.
Agressividade por medo ou dor
Às vezes, para se defender, o cão acuado pode atacar o agressor. Ou, ameaçá-lo mostrando os dentes e rosnando, para evitar que chegue perto demais. Um cão com dor, por medo de que um outro bicho ou uma pessoa se aproveite dessa vulnerabilidade, tende a ser agressivo. Esse é o principal motivo que leva cães atropelados a atacar a pessoa que tenta socorrê-los.

Agressividade por dominância
Serve para mostrar quem manda. Costuma acontecer quando é questionada ou contrariada a dominância de um cão que se considera líder do grupo.
 
Comandos Básicos
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Comandos de voz e sinais são as "dicas" que damos ao cão para que ele entenda exatamente o que queremos que faça. Geralmente, os comandos de voz e sinais são ensinados simultaneamente. Confira alguns comandos básicos que você pode praticar com seu animal de estimação.
 
Senta
Coloque a mão com a recompensa (pode ser um biscoito, por exemplo) à frente e acima do focinho do cão e faça um movimento em direção à traseira. Ele terá de olhar muito para cima para ver a recompensa e acabará sentando para conseguir uma posição melhor. Nesse momento, clique e dê a recompensa a ele. Gradualmente, distancie o clicar do momento em que o cachorro sentou, mas exija que ele continue na mesma posição.



Deita
Antes de ensinar esse comando, é melhor que ele já tenha aprendido a sentar. Com o cão na posição sentada, faça com que ele siga sua mão com o focinho em direção ao chão. Se ele levantar a traseira do chão faça com que volte à posição sentada e então comece novamente. Senão, clique quando ele encostar os cotovelos no chão. Com alguns cães é necessário que se recompense algumas vezes apenas por ele ter abaixado um pouco, antes mesmo de conseguir fazer o movimento completo.


 
Fica
Ensinar o cão a ficar exige um pouco mais de tempo e paciência porque ele gosta de se movimentar e ficar próximo do dono. Para começar a praticar esse comando, coloque o cão na posição desejada (sentado ou deitado, de preferência) e comece a distanciar gradualmente o clique do momento em que ele sentou ou deitou. Com a mão espalmada faça o sinal enquanto repete a palavra "fica". No começo, clique por alguns segundos parado. Gradualmente aumente o tempo e mude o seu posicionamento em relação ao cão. Inicialmente procure voltar para perto do animal antes de clicar, pois muitos cães ficam muito ansiosos para correr em direção ao dono.



Vem
O comando "vem" é extremamente importante pois é muito utilizado no dia-a-dia. Apesar de fácil de ser ensinado, a maioria das pessoas acaba utilizando esse comando em momentos errados. Falar "vem" para dar uma bronca ou para prender faz com que seu cão prefira se esconder ou correr quando ouve essa palavra. Se você costuma usar "vem" para dar broncas, procure escolher outra palavra como comando. Pode ser "aqui" ou mesmo o nome dele. Para ensinar esse comando, diga "vem" e em seguida mostre um petisco ou brinquedo. Logo que ele chegar até você, clique e dê a recompensa. Vá fazendo isso em diversas situações e quando ele estiver vindo prontamente, passe a mostrar a recompensa somente depois de clicar. O sinal para esse comando pode ser bater as duas mãos nas suas pernas ou levantar um braço e abaixá-lo apontando para o chão.

Como conduzir o cão sem ser levado por ele
Revista Cães & Cia, n. 304, setembro de 2004
O cão que puxa a guia torna o passeio menos agradável e fica mais desobediente e agressivo. Alexandre Rossi ensina como agir para assumir o comando efetivo durante as caminhadas

Não importa qual seja o motivo de o cão puxar a guia, esse comportamento não deve ser permitido. Quem precisa estar no comando é o condutor. Ao cão cabe andar ao lado da pessoa, mantendo a guia sempre frouxa.

Tranco
Quando o cão puxar a guia, bastará dar um pequeno tranco para ele se aproximar, afrouxando-a. Mesmo porque, se ele continuar puxando, em vez de se submeter, se sentirá enforcado.
Nos treinos, leve petiscos e recompense esporadicamente o cão em momentos nos quais ele estiver acompanhando você corretamente, ou seja, com a guia bem frouxa. De vez em quando, nesses momentos, você pode interromper a caminhada e proporcionar uma interação agradável, falando o nome dele com alegria e acariciando-o.
Não estique desnecessariamente a guia quando vocês estiverem parados, nem enquanto caminharem. Enforcar o cão sem motivo pode causar uma associação indesejada de passeio com sensação incômoda.

Liderança e ansiedade
É normal o cão dominante procurar impor um ritmo e uma direção às caminhadas. Mas, se isso for permitido, ele se sentirá confirmado na posição de líder e deixará de obedecer. E, se for forçado a fazer algo, poderá reagir com agressividade.
Outra motivação para o cão tentar tracionar o condutor é a ansiedade para chegar logo à rua. Ou, estando lá, querer aproximar-se de uma árvore ou de um poste para cheirar, por exemplo. Se o condutor acelerar o passo ou redirecionar o trajeto quando a guia é puxada, o cão aprende que vale a pena a tração - exatamente o oposto do que queremos!
O estado de agitação que toma conta de alguns cães quando saem para passear (se estivessem soltos, correriam de um lado para outro ou andariam bem depressa) é mais uma causa de puxões na guia. Nesse caso, como o cão ansioso fica menos sensível a trancos, será preciso ser mais rígido, de início, para mantê-lo sob controle.

Treino
Desde o momento em que colocamos a guia no cão, devemos conter a ansiedade dele, sem jamais permitir puxões. Inicialmente, treina-se o cão a mudar de direção junto com o condutor. Uma boa técnica é fazer percursos em ziguezague. A percepção do cão da importância de prestar atenção nos movimentos do condutor, para acompanhá-lo, aumenta à medida que ele percebe que ao puxar a guia, leva um tranco. Para favorecer a concentração nos treinos, escolha um lugar não tão excitante, como uma garagem de prédio.
Quando o cão conseguir acompanhar você sem precisar de trancos, premie-o com petisco. Com poucos treinos ele estará apto a andar direitinho ao seu lado. Só aí o leve para a rua ou para outro local mais estimulante.

Se for briguento
O cão deixa de perceber trancos de guia quando late excitado. Quem tem cão briguento deve interromper desde o início as manifestações de agressividade com uma punição que não o machuque. Um recurso é espirrar um jato de substância amarga não tóxica na boca dele (como os importados bitter aple ou bitter lime ). Outro método é assustar o cão sacudindo uma lata cheia de moedas ou estalando uma biribinha. Nos casos mais difíceis, pode-se lançar um jato de gás carbônico (CO 2) usando um extintor de incêndio. Encontrada a punição ideal, o comportamento indesejado deixará de ser repetido depois de algumas ocorrências.

Resumo
. Ande em ziguezague, fazendo com que o cão tome um tranco na coleira se não segui-lo.
. Seja mais rígido no início do passeio, pois o cão estará mais ansioso e, portanto, menos sensível aos trancos.
. Procure controlar o cão fazendo exercícios em lugar não tão excitante para ele. Só quando ele se comportar muito bem, comece a ir para outro local.
. Recompense-o com brincadeiras e petiscos sempre que ele estiver andando com a guia completamente frouxa.
. Ao fazer paradas durante a caminhada, mantenha a guia frouxa. Se o cão puxar, dê um tranquinho.


Como convencer o cão a devolver a bola que você arremessou
Revista Cães & Cia, n. 302, julho de 2004
Você joga uma bolinha, o cão a pega e traz, mas se recusa a soltá-la? Alexandre Rossi ensina como conseguir a devolução e, finalmente, curtir a brincadeira por completo!

Quem nunca jogou uma bolinha para o cão trazer de volta? Essa talvez seja a mais famosa brincadeira dos donos com seus cães. Mas ver a bola devolvida para que possa ser jogada de novo é uma cena mais imaginária que real. O comum é o cão abocanhar a bola, se aproximar do dono e não soltá-la. Ou soltá-la e agarrá-la antes que o dono a consiga recuperá-la.
Diante desse quadro, o dono muitas vezes adota a estratégia de agir disfarçadamente. Finge desinteresse e, de repente, faz a tentativa de pegar a bola. Em vão. Centésimos de segundo antes, o cão escapa com ela na boca, dá um olé, e o dono fica com cara de bobo.
Quando finalmente a bola é alcançada, o cão não a solta de jeito nenhum e o dono desiste de brincar. Por que isso ocorre? Será que os cães não conseguem entender a lógica da brincadeira?

O problema
Jogar bolinha é uma prática pela qual buscamos uma interação agradável com o cão. Por isso, para nós pode ser decepcionante vê-lo apoderar-se da bola, não entregá-la e, ainda por cima, cada vez que tentamos tirá-la dele, ter de fazer "cabo de guerra".
Disputar a bola em vez de soltá-la é uma predisposição canina herdada. É assim que o ancestral lobo age para repartir a caça em diversos pedaços. E tem mais. Desfilar com um objeto desejado por outro membro do grupo é uma demonstração de poder. Por isso, continuar com a bola enquanto o dono se desdobra para resgatá-la é motivo de enorme prazer para o cão.

A solução
É perfeitamente possível convencer o cão a devolver a bola. Para tanto, aja de acordo com o ponto de vista dele. Arremesse a bolinha "com gosto", em velocidade, mas de maneira que o cão consiga persegui-la e capturá-la. Observe se ele gosta mais de bolas rasteiras ou de pular e capturar a "presa" no ar, e passe a arremessar do jeito que ele prefere.
Quando o cão estiver com a bola na boca, chame-o pelo nome para vir até você. Se ele não vier, emudeça e ignore-o. Se vier, festeje-o e não demonstre muito interesse pela bola. Repita a técnica de festejar o cão sempre que ele trouxer a bola atendendo a um chamado seu.
A etapa seguinte é pegar o cão de surpresa e tentar recuperar a bola antes de haver qualquer disputa. Para tanto, depois de ele chegar com a bola e de ter sido festejado, pare com a festa e ignore-o. De repente, quando ele menos esperar, com um movimento rápido puxe a bolinha da boca dele. Se o cão a soltar, pegue-a e dê parabéns, fazendo muita festa. Se não a soltar, e você concluir que não será possível obter sucesso com esse método, tente uma nova estratégia: vencer o cão pela gula.

O truque
Obter a cooperação do cão fica mais fácil com a ajuda de petisco. Mostre a guloseima quando ele estiver voltando com a bolinha. Ele abrirá a boca e você fará a troca do petisco pela bola. Encare a recompensa como um preço pago para conseguir que o cão brinque do jeito que você gosta!
Se, por ver a guloseima na sua mão, o cão deixar de buscar a bolinha, esconda-a no bolso. Nesse caso, só a tire de lá quando ele voltar trazendo a bola. Em pouco tempo, o cão aprenderá que, ao soltá-la, pode ganhar recompensa. E, mesmo vendo o petisco antes de a bola ser arremessada, passará a buscá-la e a trazê-la.

Resumo
. A maioria dos cães não devolve prontamente a bolinha que foi buscar.
. Evite correr atrás do cão quando ele estiver com a bolinha na boca, para não reforçar o comportamento.
. Não tente arrancar a bolinha da boca do cão, pois ele vai gostar muito mais de brincar de cabo-de-guerra do que de devolvê-la.
. Recompense o cão com petiscos por ter devolvido a bolinha para você.
. Assim que o cão voltar e quando soltar a bolinha, elogie-o bastante.

Artigos
Como apresentar um cão a outro, para evitar que briguem
Revista Cães & Cia, n. 297, fevereiro 2004

Uma única briga entre o cão que vive em casa e outro recém-adquirido pode torná-los inimigos para sempre. O risco também existe se recolocarmos um cão com outro depois de terem sido separados mesmo que por poucas horas. Daremos dicas de como fazer a apresentação de dois cães para evitar futuras agressões entre eles
Ao se introduzir um cão em local onde vive outro, convém adotar os procedimentos sugeridos a seguir inclusive quando o exemplar novato for um filhote.

Escolher local apropriado
Os cães tendem a ficar mais agressivos no espaço em que vivem. Por isso, providencie para que as apresentações sejam feitas em local neutro, não familiar a eles. Pode ser na rua, por exemplo. Cada cão fica numa calçada, controlado na guia por um condutor, numa distância suficiente para não provocar o outro. Assim, mesmo que haja hostilidade, será pouco intensa e fácil de interromper, bastando apenas uma bronca e um puxão de guia.

Ser extremamente exigente
A apresentação deve ser feita tratando os cães com firmeza. Cada um pode dar olhadas rápidas para o outro, mas sem jamais encará-lo fixamente e sem puxar o condutor. Se o cão fizer o que não deve, dá-se um puxão rápido na guia para causar um pequeno susto, uma sensação desagradável, e se diz ?não?. Se ele insistir em encarar, procura-se distraí-lo com brinquedos.

Reduzir gradativamente a distância
A segunda fase começa quando cada cão permanece absolutamente calmo ao ver o outro distante. A partir dos locais onde estão posicionados, começa o novo procedimento. Trata-se de uma caminhada lado a lado, numa única direção, para evitar que os cães se encarem. Eles tendem a ficar entretidos com o que vêem pela frente. Andando sempre lado a lado, os condutores reduzem aos poucos a distância. Se surgir sinal de hostilidade, a caminhada é interrompida e o treino recomeça desde a primeira fase. O procedimento termina quando a aproximação dos cães durante a caminhada for tal que eles ficam encostados um no outro e se mantêm pacíficos.

Estar preparado para separar eventual briga
É pequeno o risco de perder o controle da situação e de os cães partirem para o confronto. Mas vale a pena ser prudente e estar preparado para interromper uma eventual briga. Recorra à ajuda de um extintor de incêndio de gás carbônico (CO2), que além de não ser tóxico produz um jato de gás, geralmente mais assustador para os cães do que jogar água (não use extintor de outro tipo, para evitar intoxicações).

Antes de soltar os cães no território definitivo
Quando a aceitação de cada cão com relação ao outro for completa, vem a etapa final: colocá-los juntos. Antes, porém, convém submetê-los a uma longa caminhada até ficarem cansados. Em seguida, os dois são postos soltos no local onde ficarão. A área terá sido previamente preparada com a retirada da comida e dos objetos que possam causar disputa.
Se não tiver experiência com cães, procure ajuda de quem tenha
Os procedimentos aqui indicados são bastante seguros para pessoas experientes na lida com cães. Mas, se a sua experiência e a do outro condutor for pouca, vocês e os cães poderão se machucar. Nesse caso, convém procurar o auxilio de um especialista.

Orientações gerais
Controle absoluto: para desestimular provocações, é muito importante que os cães percebam nosso controle absoluto sobre eles. Por isso, durante a apresentação, cada qual deverá estar sendo conduzido na guia (você precisará de um ajudante).
Recompensas a comportamentos corretos: durante as várias etapas da apresentação, o condutor dará petiscos ao cão sempre que ele agir corretamente. Além de estimular a repetição do comportamento desejado, as recompensas ajudam a mostrar que o condutor está no comando, passando confiança ao cão.
Os cães só ficam juntos após a apresentação ter sido concluída: enquanto não terminarem os exercícios de aproximação, os cães não devem ser postos juntos ou de maneira que possam se ver. Provocações podem anular o treinamento feito até então e tornar os cães ainda mais agressivos.
Sexos opostos: dê preferência a adquirir cães de sexo oposto. Fêmeas tendem a brigar mais com fêmeas. E machos, mais com machos.
Sem afobação: o procedimento de apresentação não precisa ser colocado em prática todos os dias.
Se houver mais de um cão ao qual apresentar o novato: efetue o procedimento apresentando o cão novato a cada um dos veteranos, até que todos os cães aceitem o novato.

Resumo
? Cães devem ser apresentados fora de seus territórios.
? Mostre dominância e seja exigente com o comportamento dos cães
? Aproxime os cães gradativamente, sempre mantendo-os na guia.
? Após o procedimento não os coloque em locais que possam se provocar.
? Só solte os cães para ficarem juntos quando sentir total confiança e controle sobre eles.
? Conte com a ajuda de um especialista em comportamento se você não tiver uma boa experiência com cães.